quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Noite passageira

Fecha os olhos, mas não dorme. A parede continua escura, e ele estica a mão para ver se ainda está lá.
No pensamento, um turbilhão de coisas. Histórias da sua cabeça, suposições de futuros, hipóteses malucas e teorias descabidas. Definitivamente ele não vai dormir tão cedo. Tenta virar de lado, pensar em alguma coisa diferente, desanuviar a cabeça. Mas de alguma forma a lucidez se prende ao seu cérebro. Resolve comer alguma coisa. No caminho para a cozinha, se pesa na balança. Engordou um quilo, devia ter economizado o dinheiro daquela pizza. Enquanto pensa no que fará quando na manhã seguinte, resolve que é melhor tentar dormir logo para não acordar tão tarde. Melhor esquecer.

Enquanto amanhece, se vê deslumbrado com a possibilidade de viajar, e decide de uma vez por todas: Vai ser mais responsável, arranjar um emprego, e economizar. Trinta minutos tentando não pensar em nada, e ele pensa que já deve estar amanhecendo. 3h30, que droga!

Resolve que o melhor é ler, porque inevitavelmente o sono virá. Mas que livro! Realmente está na hora de dormir. A janela começa a clarear um pouco, ainda os primeiros raios de sol, trazendo um azul escuro ainda. Aí os problemas se acumulam, pois o sono prolongado, agora, é inevitável. Maldita noite!

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